Agora que a gente é amigo virtual
Vê se me dá um real
Como assim:
“Deixa de ser cara de pau”
Mas tipo assim
Entre um vicio de linguagem
E outro
Faço da vida um eterno encontro
Um eterno pardieiro
E como um pedreiro
Levanto paredes
E como um padeiro
Faço meus pães
E não morro de fome
Nesta tarde
Faço empréstimos
Com amigos
Não em bancos
Mas aos trancos
E aos poucos
Formo uma
Fortuna,
Gero riqueza
Pra enfrentar
A pobreza
De sempre estar
Nesse lugar
Sem rumo
E até durmo
Ao Léu
Tomo o mel
E faço desse
Poema sem
Lógica
A tática
Pra sair
Dessa solidão
Com as próprias
Mãos